Inconfidência mineira

A Inconfidência Mineira ocorreu em 1789 na Capitania de Minas Gerais, em um contexto de ciclo do ouro no Brasil. Este movimento separatista e republicano surgiu como uma reação das elites mineradoras à ameaça da Derrama, um imposto exigido por Portugal para garantir a arrecadação de um mínimo de ouro anualmente, fixado em 100 arrobas. Liderado por figuras da elite local, como o alferes Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, o movimento buscava a independência do Brasil, a criação de um governo republicano e uma nova constituição. Contudo, foi descoberto pelas autoridades portuguesas, que prenderam e processaram seus líderes.
Tiradentes foi condenado à morte e executado em 1792, mas se tornou um ícone da luta pela independência do Brasil. Embora a Inconfidência Mineira não tenha alcançado seus objetivos imediatos, ajudou a despertar o sentimento nacionalista e fortaleceu o movimento pela independência, que se concretizou em 1822.
A revolta reuniu fazendeiros, mineradores, burocratas e padres que contestavam a situação colonial, influenciados pelo Iluminismo e pela Independência dos EUA. Eles se opunham aos altos impostos, à ameaça da Derrama e à falta de liberdade de expressão, defendendo a autonomia local, a criação de uma República escravocrata e a fundação de uma universidade.
